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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

STF julga validade da Lei da Ficha Limpa

O STF julga nesta quarta-feira, 9, a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e sua aplicação já para as próximas eleições. Sancionada em 2010, a lei prevê tornar inelegível políticos que foram condenados pela Justiça, cassados ou que tenham renunciado.

Pelo menos dois aspectos têm gerado impasse entre os ministros do Supremo. Um deles se refere a retroatividade da lei que barraria políticos condenados por crimes cometidos antes da sua vigência, o outro se refere aos políticos que ainda não foram condenados em definitivo.

Devido ao ponto que trata da retroatividade da lei o STF suspendeu, no começo deste ano, sua aplicação para as eleições de 2010 considerando que, para tal, a lei deveria ter sido aprovada um ano antes do pleito.

No julgamento de hoje, a validade da retroatividade da lei e a tentativa de inelegibilidade de políticos com julgamento ainda não concluído em definitivo são, mais uma vez, dois pontos fortes. Para o presidente da OAB, segundo declaração ao site do Estadão, “se esses dois pontos não forem julgados constitucionais, a lei não terá eficácia”.

Aprovar a Lei da Ficha Limpa sem validar a sua retroatividade e o barramento de políticos com julgamentos ainda não concluídos em definitivo seria limitar sua eficácia, como afirma o presidente da OAB?

A invasão da reitoria da USP foi legítima?

A Polícia Militar cumpriu a ordem de reintegração da reitoria da USP na manhã desta terça-feira (8). Aparentemente a PM não encontrou resistência para executar a reintegração. Cerca de 400 homens da Tropa de Choque e da Cavalaria estavam na operação.

Toda a confusão se iniciou após estudantes entrarem em conflito com a PM motivados pela detenção de três estudantes que portavam maconha no campus da universidade pela polícia no dia 27 de outubro. A partir daí, os estudantes passaram a reivindicar a saída da PM do campus, acusando-a de opressora. As manifestações seguiram e resultaram na invasão da reitoria.

O caso e todo o rumo conflituoso que tomou até agora podem levantar vários questionamentos, e um deles certamente é: houve legitimidade nas reivindicações iniciais e nas motivações dos estudantes?