Pages

Subscribe:

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Banco Central reduz a taxa básica de juros pela terceira vez no ano

O Banco Central anunciou hoje, 30, mais um corte na taxa básica de juros, a Selic, de 0,5 ponto percentual. A decisão foi tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Com a redução, a taxa  passa a ser de 11% ao ano.

O novo corte é o terceiro do ano e , segundo analistas, mais três são esperados para o início de 2012.

A decisão foi unânime por parte dos integrantes do Copom e a reunião foi a última deste ano, voltando a acontecer apenas em 17 de janeiro do ano que vem. O corte já era esperado pelo mercado.

Segundo comunicado liberado pelo Copom, a decisão do corte vem de encontro com a meta de inflação determinada para 2012. além disso, a decisão foi tomada para evitar um rápido esfriamento da economia por consequência da atual crise financeira mundial. Com os três novos corte previsto para 2012 a taxa básica deverá fechar em 9,5% ao ano.

O Banco Central já tomou várias medidas neste ano para aquecer a economia e amortecer os efeitos da recente crise econômica. Entre elas está a facilitação para obter vários modelos de crédito, como os de financiamento de veículos e os descontados em folha de pagamento. Existe espectativa de que novas medidas sejam tomadas ainda esse ano, como a redução de impostos sobre financiamentos.

Apesar do novo corte anunciado, e mesmo com os previstos para o ano que vem, o Brasil continua em primeiro lugar no ranking de países com a maior taxa básica de juros. Conforme notícia veiculada pelo site do Estadão, para o Brasil perder a liderança seria necessário uma redução de 3,50 pontos percentuais na taxa Selic pelo BC.

Várias entidades da indústria e comércio receberam bem a notícia de redução da Selic. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elogiou o Banco Central considerando que o Brasil está se antecipando aos novos rumos da crise financeira e que o Copom tomou medidas mais firmes agora que em 2008, “quando foi tímido”.

Por outro lado, centrais sindicais esperavam mais do BC. Em nota conjunta, as centrais avaliam que o BC perdeu a oportunidade de aproveitar o atual cenário econômico mundial, com encolhimento de demanda, para reduzir drasticamente a taxa básica de juros, o que, segundo as centrais, estimularia a criação de empregos e a produção nacional.