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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Novos casos de Aids no mundo caem 21% e ONU acredita no fim da epidemia

Na última segunda-feira, 21, a Unaids (Programa das Nações Unidas Para a Aids) divulgou relatório que indica queda no número de novos casos de contaminação pelo HIV e redução dos casos de morte pelo vírus.

A agência associa a queda nos números ao aumento do acesso a tratamentos e à redução dos novos casos em 21% em todo o mundo. O maior pico para novas contaminações foi em 1997 e o pico de mortes pela doença foi em 2005, a partir daí, ocorreu redução de 18% no número de óbitos.

O relatório ainda indica número recorde de pessoas vivendo com o vírus. Em 2010 eram 34 milhões de contaminados no planeta. Porém, este dado não é interpretado como negativo. Ele demonstra elevação na taxa de sobrevida dos portadores e consequente aumento da qualidade de vida dos mesmos.

O número recorde de portadores se dá justamente ao aumento da quantidade de pacientes que recebem tratamento contra a doença. Pela mesma razão, a Unaids indicou queda na taxa de mortalidade da Aids de 2,2 milhões na década passada para 1,8 milhão em 2010.

Diante do nível atual de controle da doença no mundo, o diretor geral da agência da ONU, Michel Sidibe, relatou que a soma das ações da ciência, do apoio político e ações comunitárias permitiram ao mundo cogitar a possibilidade de falar no fim da epidemia.

Para a Unaids, é possível estimar que em breve a doença chegue ao fim. Para o órgão, se investimentos inteligentes forem feitos nos próximos cinco anos, é possível visionar um número zero de novas contaminações, discriminações e mortes pela Aids.

Desde quando surgiu, na década de 1980, a pandemia já atingiu mais de 60 milhões de pessoas no mundo. O maior número de casos continua sendo registrado na África subsaariana, com 22,9 milhões de pessoas vivendo com a doença atualmente. Também é nesta região onde o relatório indicou a maior taxa de novos casos, 1,9 milhão, e a maior quantidade de mortes pelo vírus, 1,2 milhão.

Para o Brasil, a agência indicou a necessidade de melhorias no diagnóstico precoce e na ampliação de ofertas de tratamento dos infectados. No país há estimativa de que entre 250 mil e 300 mil pessoas estejam contaminadas sem saber, daí a necessidade de melhorias no diagnóstico precoce.

O diretor da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, afirmou que é possível ao mundo realizar progressos ainda maiores na luta contra a doença. Mas, considerou que para isso é imprescindível que os países desenvolvidos cumpram com o acordo de investimento firmado no ano passado. A a atual crise financeira ocasionou no ano passado uma queda de pelo menos US$ 1 bilhão em investimentos desses países contra os avanços da epidemia.

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